Pressão alta na gravidez pode intensificar sintomas da menopausa

Pesquisa feita com 2700 mulheres associou histórico de distúrbios hipertensivos na gestação a manifestações mais severas da menopausa, como as ondas de calor

Pressão alta na gravidez pode intensificar sintomas da menopausa, diz estudo (Foto: Camylla Battani/Unsplash)
Pressão alta na gravidez pode intensificar sintomas da menopausa, diz estudo (Foto: Camylla Battani/Unsplash)

Um novo estudo da Sociedade de Menopausa da América do Norte (NAMS, na sigla em inglês) percebeu que mulheres com pressão alta durante a gravidez podem ter sintomas mais intensos durante a menopausa, incluindo as típicas ondas de calor. Os resultados da pesquisa foram publicados no último dia 19 de agosto no periódico científico Menopause, da NAMS.

“Esse grande estudo transversal mostra uma ligação entre os distúrbios hipertensivos da gravidez e os sintomas da menopausa, ambos exclusivos de mulheres e preditivos de risco futuro de doença cardiovascular”, disse Stephanie Faubion, autora principal do estudo e diretora médica da NAMS, em comunicado.

Os distúrbios hipertensivos da gravidez (HDP), como hipertensão gestacional e pré-eclâmpsia, são reconhecidos como preditores de doenças cardiovasculares nas mulheres. Da mesma forma, certos sintomas da menopausa, como forte sensação de calor são indicadores de risco cardiovascular, embora os mecanismos por trás disso ainda não sejam totalmente conhecidos.

Os pesquisadores avaliaram quase 2.700 mulheres e descobriram que aquelas com histórico de HDP apresentaram sintomas de menopausa mais graves em comparação a mulheres que não enfrentaram problemas de pressão na gravidez ou que não tiveram filho. Eles também viram que as mulheres com HDP em uso de terapia hormonal na época da menopausa tinham sintomas significativamente maiores do que as mulheres sem esse histórico.

“Estudos futuros são necessários para determinar se esses riscos são aditivos para melhor informar o desenvolvimento de modelos mais precisos de predição de risco cardiovascular em mulheres e estratégias para redução de risco ”, finalizou Faubion.

FONTE: REVISTA GALILEU / GLOBO

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