Maioria das mulheres recebe tratamento inadequado para infecção urinária

Estudo norte-americano mostra que quase metade das pacientes recebe prescrições de antibióticos errados e 76% usam o medicamento por mais tempo do que o necessário

Estudo traz informações sobre tratamento de infecção urinária em mulheres (Foto: Timothy Meinberg / Unsplash )
Estudo traz informações sobre tratamento de infecção urinária em mulheres (Foto: Timothy Meinberg / Unsplash)

De acordo com um estudo publicado nesta quarta-feira (24) no jornal Infection Control & Hospital Epidemiology, quase metade das mulheres com infecção urinária recebeu antibióticos errados e cerca de três quartos receberam prescrições por mais tempo do que o necessário, com tratamentos inadequadamente longos.

“Prescrições inadequadas de antibióticos para infecções não complicadas do trato urinário são prevalentes e trazem sérias consequências para o paciente e para a sociedade“, disse, em nota, Anne Mobley Butler, autora principal do estudo e professora na Escola de Medicina da Universidade de Washington, nos Estados Unidos. “Os resultados do nosso estudo ressaltam a necessidade de intervenções de manejo antimicrobiano para melhorar a prescrição ambulatorial de antibióticos, particularmente em ambientes rurais.”

Os pesquisadores estudaram dados de sinistros de seguros de 670.400 mulheres com idades entre 18 e 44 anos que receberam um diagnóstico de infecção urinária não complicada entre abril de 2011 e junho de 2015. Eles identificaram prescrições de antibióticos preenchidos, avaliaram a adesão às diretrizes clínicas e compararam os padrões de uso de antibióticos em ambientes rurais e urbanos.

As pacientes que moravam em zonas rurais eram mais propensas a receber uma prescrição para uma terapia de duração inadequadamente longa do que quem morava na cidade, de acordo com a análise. Embora o uso inadequado de antibióticos e da duração equivocada do tratamento tenha diminuído ligeiramente durante o período do estudo, essas prescrições continuaram a ser comuns em 47% dos casos. Além disso, 76% dos casos foram identificados como tendo uma duração inadequada.

Butler afirma que “os médicos devem revisar periodicamente as diretrizes da prática clínica, mesmo para condições comuns, para determinar o antibiótico ideal e a duração do tratamento”. A auditoria dos padrões de prescrição de antibióticos em pacientes ambulatoriais e o feedback periódico ao provedor de saúde ajuda a lembrar os médicos sobre as melhores práticas e a aprimorar a prescrição de antibióticos.

FONTE: REVISTA GALILEU

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