Fátima Bernardes, o câncer de útero, o diabetes e a metformina

O caso de Fátima Bernardes chamou atenção para o diagnóstico, os sintomas e o tratamento desse câncer, que tem uma associação com o diabetes

Por Carlos Eduardo Barra Couri Atualizado em 7 dez 2020, 15h53 – Publicado em 7 dez 2020, 15h41

A apresentadora Fátima Bernardes chamou atenção para o câncer de útero. Foto: Humor Multishow/Divulgação

Além de ser a quinta principal causa de mortes em homens e a quarta em mulheres no Brasil, o diabetes contribui para a mortalidade de outras doenças, como infarto, derrame cerebral… e diversos tipos de cânceres. Um dos tumores que possui ligação direta com o diabetes tipo 2 é o de útero. Esse câncer ganhou destaque recentemente após o diagnóstico da apresentadora Fátima Bernardes.

O câncer de útero é classicamente mais comum em mulheres com diabetes tipo 2 e também com obesidade (o que não é o caso de Fátima Bernardes). Não se sabe o mecanismo ao certo, mas algumas hipóteses envolveriam o desbalanço hormonal e o excesso de insulina no organismo, muito comum tanto na obesidade como no início do diabetes tipo 2. É possível que a insulina acelere o crescimento das células tumorais.

Mas há boas notícias: um medicamento sexagenário usado até hoje contra o diabetes parece prevenir ou até mesmo acelerar a recuperação de mulheres com câncer de colo de útero (e que tenham diabetes tipo 2). O uso desse remédio reduz a resistência insulínica, o que diminui os níveis de insulina no corpo. Além disso, ele possui propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. Vale destacar que a metformina não deve ser usada sem indicação médica e mais estudos são necessários para elucidar seu papel no câncer de útero.

Mas e quanto às milhões de mulheres com diabetes tipo 2 no Brasil? Fica aqui o recado para elas fazerem exames ginecológico pelo menos anualmente, caso não tenha sintomas. Se surgir algum sinal suspeito, como emagrecimento injustificado, dores abdominais frequentes, sangramento vaginal, anemia ou perda de apetite, procurem auxílio médico quanto antes.

FONTE: SAÚDE ABRIL

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