Hábitos prejudiciais e medidas que influenciam positivamente a qualidade da saúde mental

Hábitos prejudiciais ao equilíbrio mental

Como parte importante das medidas de prevenção às doenças mentais, a atenção primária a alguns hábitos do cotidiano precisam ser considerados. Muito provavelmente ocorrerá um aumento expressivo do número de doentes dessa natureza — e isso em caráter global.

Fatores como o envelhecimento da população, a acentuação dos problemas sociais e econômicos e os desajustes familiares concorrem para o surgimento de desequilíbrios emocionais. Em geral, eles evoluem para transtornos mentais e físicos cada vez mais desafiadores.

Nesse contexto, destacamos os hábitos mais prejudiciais à saúde mental. Confira!

Pensamentos negativos

A maneira de enfrentar os desafios da vida torna-se uma linha tênue entre a sanidade mental e a dificuldade em alcançar o equilíbrio necessário ao viver saudável. Pessoas que mantêm pensamentos ou atitudes negativas tendem a desenvolver distúrbios físicos e mentais mais graves.

Dentre os problemas mais preocupantes estão as crises de ansiedade e o maior risco para a depressão. Essa doença é mais presente em pessoas queixosas e tristes. Ela surge mediante constantes flutuações de humor e como respostas emocionais aos desafios do cotidiano.

Para evitar esses desequilíbrios, convém buscar ajuda profissional para recuperar a performance mental e conter os pensamentos negativos. A depressão tem aumentado muito nas últimas décadas e tem sido motivo de desordens tanto no âmbito pessoal quanto no profissional.

Vício em jogos, álcool e drogas

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que a dependência em jogos virtuais é uma das doenças mentais da modernidade. Como reflexo do avanço tecnológico e da facilidade de acesso aos recursos digitais, o número de adeptos aos videojogos adquire uma dimensão cada vez mais expressiva.

Além de fomentar a necessidade de criar políticas específicas voltadas ao controle dessa questão, a OMS adverte sobre os riscos à saúde das pessoas que passam horas jogando e se isolam da família e dos amigos.

A compulsão por drogas e álcool também figura como fator de influência para o surgimento de complicações no âmbito psicológico e mental. Tais vícios afetam a capacidade de concentração, de memória e sinalizam o mal desempenho das atividades cerebrais.

As perturbações decorrentes da relação entre o álcool e a saúde mental desafiam a saúde pública e exigem um controle mais eficiente desse problema. Tanto o álcool como o abuso de tóxicos comprometem a qualidade de vida dos usuários de todas as idades, gênero e classe socioeconômica.

A dificuldade em admitir a necessidade de ajuda especializada contribui para acentuar a doença e pode evoluir para quadros mais alarmantes. Os mais comuns são a incapacidade mental e a tentativa de suicídio entre jovens, principalmente.

Dentre os problemas resultantes desses vícios destacam-se a má qualidade do sono, a alimentação inadequada e a redução no desempenho escolar ou laboral. Além desses, há outros aspectos relevantes que complementam a lista do diagnóstico de quem enfrenta esses transtornos.

Uso excessivo de internet

A sociedade atual construiu uma espécie de “obrigatoriedade” em estar sempre online e querer saber, em tempo real, os principais acontecimentos do mundo. Porém, quando a falta da internet gerar sofrimento, a situação pode evoluir para uma patologia considerada um transtorno mental.

Embora atinja os adultos, a dificuldade para controlar esses impulsos é mais difícil em crianças e adolescentes, pois eles já nasceram na era da conectividade. Entretanto, esse hábito de “viver online” compromete as funções cognitivas, que nessa idade ainda não estão totalmente formadas.

Além de causar baixo rendimento escolar em crianças e prejudicar o desempenho profissional em adultos, o uso excessivo da web implica outros desajustes. Influencia o comportamento, as decisões importantes, o planejamento das tarefas e a organização do tempo.

Viver conectado não só afeta a estabilidade mental, como também colabora para o surgimento precoce da depressão em crianças e jovens. Tendo isso em vista, é preciso buscar alternativas viáveis — como ajuda profissional — para conter os efeitos negativos desses problemas e evitar a sua evolução.

Medidas que influenciam positivamente a qualidade da saúde mental

Numa perspectiva de saúde pública, buscar medidas que sinalizem condições de assegurar o bem-estar da sociedade é um dos aspectos mais relevantes para minimizar os efeitos negativos das perturbações mentais.

Sob a expectativa humana, a adoção de uma postura determinada por um estilo de vida mais natural e saudável influencia positivamente a manutenção da saúde mental.

Para alcançar esses objetivos e promover meios para conter esse problema, alguns fatores precisam ser considerados. Veja quais são:

  • adequar políticas que garantam a atenção primária à saúde mental em toda as esferas sociais;
  • assegurar o acesso universal aos serviços de promoção da saúde mental;
  • divulgar e estimular medidas de prevenção, principalmente entre as camadas populares;
  • estabelecer meios de monitorar a qualidade da saúde mental entre crianças, jovens, usuários de drogas e pessoas idosas;
  • incentivar um estilo de vida saudável a fim de reduzir a ocorrência de desordens mentais e físicas;
  • desmistificar conceitos e estigmas equivocados sobre a recuperação de pacientes com transtornos mentais;
  • apoiar e promover a estabilidade familiar, a integração social e o desenvolvimento humano de acordo com os direitos sociais constitucionalmente estabelecidos.

FONTE: HOSPITAL SANTA MÔNICA

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