Juntas, máscaras cirúrgica e de tecido reduzem 95% da exposição a aerossóis

Novos dados do Centro para Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) também ressaltam importância de assegurar posicionamento firme e ajustado do acessório junto ao rosto

Usar duas máscaras – uma cirúrgica e outra de pano por cima – e garantir um ajuste firme das peças no rosto aumentam proteção contra a Covid-19. (Foto: Shutterstock)
Usar duas máscaras – uma cirúrgica e outra de pano por cima – e garantir um ajuste firme das peças no rosto aumentam proteção contra a Covid-19. (Foto: Shutterstock)

Uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira (10) pelo Centro para Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) indica dois métodos simples para aumentar significativamente a eficácia das máscaras no combate à Covid-19: usar duas peças (uma cirúrgica e outra de pano por cima) e garantir um ajuste firme no rosto, reduzindo lacunas de ar.

A partir de experimentos laboratoriais feitos em janeiro de 2021, os pesquisadores descobriram que a combinação entre as duas máscaras bloqueou 92,5% das partículas de uma tosse simulada. A máscara cirúrgica bem ajustada no rosto (com nós nas cordas da orelha e as bordas dobradas para dentro), por sua vez, bloqueou 63% das partículas. Se desatadas (com espaços para entrada de ar nas laterais), esse número caiu para 42%.

Em outra simulação, quando a fonte de aerossóis – que representa um indivíduo com Covid-19 – e uma fonte não infectada estavam ambas usando máscaras duplas, a exposição da pessoa não infectada ao novo coronavírus foi reduzida em mais em 96,4%. Esse número também foi significativo quando as duas pessoas estavam equipadas com máscaras médicas bem ajustadas ao rosto, ainda que sozinhas: 95,9%.

Além do encaixe correto dessas peças, o estudo cita outras opções que podem ajudar a reduzir a entrada de partículas potencialmente infecciosas, como os filtros colocados em cima das máscaras e a sobreposição de um tecido de nylon sobre o pano ou a máscara cirúrgica.

Máscaras testadas no estudo: A) máscara cirúrgica sem nó; B) máscara dupla (máscara cirúrgica sobreposta pela de pano); e C) máscara cirúrgica dobrada/com nós. (Foto: Centro para Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC))
Máscaras testadas no estudo: A) máscara cirúrgica sem nó; B) máscara dupla (máscara cirúrgica sobreposta pela de pano); e C) máscara cirúrgica dobrada/com nós. (Foto: Centro para Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC))

Outros tipos de combinação, como pano sobre pano, máscara cirúrgica sobre máscara cirúrgica e, ainda, máscara médica sobre pano, não foram incluídas nos testes do CDC – os resultados, portanto, podem não ser semelhantes para esses casos. Segundo os pesquisadores, os experimentos foram feitos com um entre os muitos modelos de máscara cirúrgica e de pano disponíveis no mercado.

Apesar das limitações, o estudo reforça dois pontos fundamentais no combate à pandemia: a importância do uso massivo do acessório e dos esforços contínuos para melhorar o desempenho dessas peças de proteção contra o novo coronavírus.

“Os dados deste relatório ressaltam a conclusão de que um bom ajuste pode aumentar a eficiência da filtração. Foi demonstrado que várias maneiras simples de obter um melhor ajuste são eficazes”, escreveu o grupo no relatório.

FONTE: REVISTA GALILEU

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